Sociabilidade é uma lei da Natureza a que o homem não pode se esquivar, sem prejudicar-se, pois é por meio do relacionamento entre os seus semelhantes que ele desenvolve as suas potencialidades. Deus lhe deu a fala e outras faculdades para que, através da vida em sociedade, pudesse evoluir. O insulamento priva o homem das relações sociais que lhe garantem o progresso. "(...) A sociabilidade é instintiva e obedece a um imperativo categórico da lei do progresso que rege a Humanidade.
É que Deus, em seus sábios desígnios, Não nos fez perfeitos, fez-nos perfectíveis; assim, para atingirmos a perfeição a que estamos destinados, todos precisamos uns dos outros, pois não há como desenvolver e burilar nossas faculdades intelectuais e morais senão no convívio social, nessa permuta constante de afeições, conhecimentos e experiências, sem a qual a sorte de nosso espírito seria o embrutecimento e a estiolação.
Sendo o fim supremo da sociedade promover o bem-estar e a felicidade de todos os que a compõem, para que tal seja alcançado há necessidade de que cada um de nós observe certas regras de procedimento ditadas pela Justiça e pela Moral, abstendo-se de tudo que as possa destruir. (...)"
"(...) Homem nenhum possui faculdades completas. Mediante a união social é que elas umas às outras se completam, para lhe assegurarem o bem estar e o progresso. Por isso é que, precisando uns dos outros, os homens foram feitos para viver em sociedade e não insulados."
"O homem, inquestionavelmente, é um ser gregário, organizado pela emoção para a vida em sociedade.
O seu insulamento, a pretexto de servir a Deus, constitui uma violência à lei natural, caracterizando-se por uma fuga injustificável às responsabilidades do dia-a-dia."
"A vivência cristã se caracteriza pelo clima de convivência social em regime de fraternidade, no qual todos se ajudam e se socorrem, dirimindo dificuldades e consertando problemas.Viver o Cristo é também conviver com o próximo, aceitando-o conforme suas imperfeições, sem constituir-lhe fiscal ou pretender corrigi-lo, antes acompanhando-o com bondade, inspirando-o ao despertamento e à mudança de conduta de modo próprio. (...)
Isolar-se, portanto, a pretexto de servir ao bem não passa de uma experiência na qual o egoísmo predomina, longe da luta que forja heróis e constrói os santos da abnegação e da caridade."
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